quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Two and a half men apela a beijo gay para segurar audiencia


Men” está tentando, sem muito sucesso, segurar sua audiência atingida no início da nona temporada, a primeira sem Charlie Sheen como protagonista na pele de Charlie Harper.

Após seis episódios, a quarta parte do total programado para a temporada, os número começam a preocupar. A estreia, cheia de expectativas sobre como seria o show sem seu principal astro, emplacou quase 28 milhões de espectadores. No último dia 17 de outubro, a audiência registrada caiu para pouco mais da metade, com 14,8 milhões que seguiram as aventuras de Alan e o seu novo companheiro Walden Schmidt, estrelado por Ashton Kutcher.

A produção está fazendo o impossível para manter o prestígio do show sem Sheen. No primeiro episódio da temporada, estreado no dia 19 de setembro, os produtores acharam interessante colocar Kutcher pelado numa das cenas. No último episódio, exibido na última segunda-feira (24), Walden Schmidt, o personagem de Kutcher, tascou um beijo no Alan no balcão de um bar, replicando duas mulheres que estavam ao lado e que fizeram o próprio.

Sheen conseguia carregar o show nas suas costas. As falas e situações, os personagens giravam em torno ao compositor de jingles que morava na casa de praia em Malibú. A partir dele, outros personagens foram adquirindo relevância na sua relação com ele. Atualmente, o seriado divide mais as falas. Berta (quem cuida da casa), Judith (a ex-esposa de Alan) e Evelyn (mãe de Charlie e Alan) têm que participar mais para preencher o vazio, junto com Alan e em menor medida Jake, o sobrinho.

Sobre a queda na audiência, Sheen disse em entrevista que ele próprio está desapontado com o rumo do seriado e como está sendo feito o roteiro da trama”. O ator, demitido por ter comprado briga pública com o produtor do show, Chuck Lorre, disse também que a diminuição do número dos espectadores tem um único motivo: “as pessoas não são estúpidas”.

Embora Kutcher já tenha sofrido escândalos “a la Sheen” com capas nos jornais sobre seus casos extraconjugais no casamento com Demi Moore, o jovem ator de “That 70´s Show” não conseguiu , até o momento, criar identificação do seu personagem com os espectadores.

Se Sheen era um mulherengo no seriado e um encrenqueiro fora das telas também, Walden Schmidt não passa de um jovem carente e bobalhão muitas das vezes, que compete com Alan (Jon Cryer) sobre quem é mais infeliz.

O grande sucesso da série era a empatia que gerava o personagem de Sheen, tanto no público masculino quanto no feminino, pelo seu jeito canalha, superficial, homofóbico e de humor muitas das vezes cruel. Precisamente essa “crueldade”, era seu principal “virtude”, pois representava o politicamente incorreto, algo que a maioria pensa, só que não é permitido dizer e através do riso é permitido expressar.

Com Kutcher na pele do bilionário Walden Schmidt, a história ganha mais um sujeito sofrido, mais um personagem que dá mais pena que admiração e instável emocionalmente.

Está na hora de pensar se ainda o nome do seriado é válido, pois com Alan e Walden parece ficar complicado justificar o nome de “Dois homens e meio”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário
Sua opinião é bastante importante. Coloque o que achou dessa postagem, ou dê sugestões para um melhor conteúdo. Sempre responderemos seus comentários o mais rápido possível. :D