Morto nesta sexta-feira (23) por complicações respiratórias e renais, aos 80 anos, o humorista Chico Anysio era um apaixonado por futebol e torcedor de vários times. Brincava ele, simpatizava com um time em cada estado brasileiro. Cearense de Maranguape, foi "criado no futebol", como ele mesmo dia, porque seu pai foi presidente do Ceará Sporting.
"Eu sou Vasco e Palmeiras. O primeiro time pelo qual torci foi o Palestra Itália. Quando moro em São Paulo, prefiro o Palmeiras. Quando moro no Rio, prefiro o Vasco e também o América. Em Belo Horizonte, eu prefiro o Cruzeiro. Ele também simpatizava com o Santa Cruz, em Pernambuco, e Grêmio, em Porto Alegre. Vira-folha? Sim, e com justificativa.
"Eu acho o seguinte: você muda de mulher e não é vira-leito. Você muda de rua e não é vira-placa. Você muda de fé e não é vira-cruz. Quando muda de time, é vira-casaca. Por quê? Eu estou Vasco. Se o Vasco fizer uma grande sacanagem com alguém amanhã, eu deixo de ser. Imediatamente", explicou. Uma das mudanças de time do humorista aconteceu em plena viagem, quando voltava de carro de Piraí, escutando o jogo do América. Daí em diante, não trocou mais.
"A equipe jogava contra o Náutico no campo do Vasco. Tinha que empatar para passar para a fase seguinte do Brasileiro. E acabou derrotada por 3 a 0, três gols do Baiano. Eu tinha falado, antes do jogo: "Se o América perder esse jogo, eu paro de ser América. Vou fazer 50 anos, não posso ter uma velhice preocupada. Aí eu voltei a ser Vasco, que tinha sido o primeiro time pelo qual torci no Rio. Tinha deixado de ser Vasco por causa de uma safadeza que a diretoria fez com o treinador, o Gentil Cardoso", disse.
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